Cruzeiro no Rio Nilo, Egito – tudo o que você tem que saber

Atualizado em 2023.

Fazer o cruzeiro no Rio Nilo é uma experiência muito boa. Aconselhamos altamente a qualquer um que vá passar uns dias no Egito. Fechamos o pacote antes de ir, fizemos um cruzeiro de 3 dias e 2 noites, saindo de Luxor e desembarcando em Aswan.

Para mais informações e cotação atual, acesse: Cruzeiro de 3 dias pelo Nilo – de Luxor a Aswan.

Mas existem vários pacotes, com mais ou menos dias, com a rota contrária ou mais longa, é só dar uma pesquisada e encaixar no seu itinerário. Duas boas opções são:

O Rio Nilo é o rio mais extenso do mundo – e um dos mais famosos, também. Embarcamos no Princess Sarah – que NÃO RECOMENDAMOS, mais a frente explicamos o porquê direitinho.

No cruzeiro, estavam inclusos café da manhã, almoço, chá da tarde e janta (bebidas não estavam inclusas). A nossa cabine era bem gostosa e espaçosa. Embarcamos no fim do dia 4 de janeiro em Luxor e na manhã do dia seguinte já estávamos navegando pelo Rio.

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Cruzeiro no Rio Nilo – nossa experiência

Passamos o primeiro dia todo navegando, sem parar em nenhuma cidade. No tempo de navegação podíamos ficar no deck do navio, tomando um sol, lendo, descansando e vendo a paisagem. Passamos por áreas mais urbanas e por partes do rio com uma margem bastante rural.

Margem do Rio Nilo. Você vai ver isso quando fizer um cruzeiro pelo rio!

Margem do Rio Nilo. Você vai ver paisagens assim lindas quando fizer um cruzeiro pelo rio!

Logo na primeira noite do cruzeiro no Rio Nilo aconteceu algo meio bizarro… Estávamos na nossa cabine, e a recepção telefonou dizendo apenas que “tinha algo lá fora para vermos”. Não entendemos muito porque sabíamos que não havia nenhum passeio programado pra essa noite, mas fomos.

Quando começamos a subir a escada do deck, vimos muitos homens vendendo tecidos ali, numa espécie de ponte na qual o navio estava encostado, parado… Só que eles começaram a jogar os panos na gente, a gritar e berrar… Um tipo de assédio inexplicável.

Ficamos meio sem ação porque realmente não estávamos esperando nada do tipo, estávamos de cabelo molhado e pijama. Os caras não paravam de berrar e jogar coisas, mesmo a gente falando que não queria. Tivemos que voltar pro quarto desviando deles.

Quando chegamos no quarto, ficamos lá meio embasbacadas com a situação, quando de repente esses vendedores se penduraram na beirada do navio e estavam do lado de fora da nossa janela, batendo para abrirmos! Sem palavras…

Estrangeiras Gabi e Fabia no cruzeiro no Rio Nilo.

Estrangeiras Gabi e Fabia no cruzeiro no Rio Nilo.

No navio tinha um funcionário que fazia massagens e ele ficava atrás de mim e da Fabia o dia todo, sem parar, oferecendo massagem, pegando na mão… Ele vinha até quando estávamos dormindo no convés. E falamos mil vezes que não queríamos. Mega chato isso.

Visita a Edfu

No segundo dia de navegação, paramos de manhã na cidade de Edfu, para ver o Templo de Edfu. Descendo do barco um guia chamado Ih estava nos esperando com uma carroça, que nos levou por dentro da cidade até o templo. Um trânsito um tanto caótico, mas foi divertido ir de carroça até lá.

Passamos por esse menino no centro de Edfu, que acenava para todos os turistas.

Passamos por esse menino no centro de Edfu, que acenava para todos os turistas.

Chegando lá nos deparamos com um templo imenso, de colunas muito altas. É considerado um templo assombrado, Edfu inclusive significa na língua antiga algo como a casa do “demônio”.

Entrando, vimos a estrutura tradicional dos templos – sala comum, sala dos nobres, sala do faraó e sacerdotes. Nesse templos, todas as paredes têm muitos hieróglifos, é tudo monumental.

O grandioso templo de Edfu, no Egito.

O grandioso templo de Edfu, no Egito.

O guia, que trabalhava no templo, entendia bastante e nos contava o que aqueles hieróglifos significavam. Esse foi o primeiro templo no qual nos deparamos com algo meio estranho: alguns hieróglifos pareciam diferentes de todos os que já tinhamos visto, eram em alto relevo (ao invés de ser em baixo relevo) e as representações pareciam ser um pouco mais musculosas, com alguma perspectiva.

O guia nos explicou que isso é fruto da dominação grega e romana do Egito, que ao invés de destruir os templos fez essas alterações com seu estilo, representando os seus imperadores como faraós. É realmente engraçado, pois a diferença é bastante perceptível.

Hieróglifos do templo de Edfu, no Egito.

Hieróglifos do templo de Edfu, no Egito.

Do lado de fora do templo, vimos umas escavações abandonadas… Ainda dava pra ver uns objetos e artefatos arqueológicos em alguns cantos, os buracos no chão. Com a crise causada pela Revolução, além de menos turistas o Egito perdeu também boa parte dos arqueólogos, historiadores e pesquisadores estrangeiros.

Escavação Arqueológica em frente ao templo de Edfu.

Escavação Arqueológica em frente ao templo de Edfu.

Voltamos ao cruzeiro com a mesma carroça, e navegamos por mais algumas horas, até o sol se por – aliás, uma vista lindíssima.

Visita a Komb Ombo

Já à noite, paramos na cidade de Komb Ombo, e fomos visitar o seu templo. É comum que a visita ao Templo de Komb Ombo seja noturna, porque eles instalaram várias luzes para iluminá-lo de um jeito chamativo. O templo fica bem na beira do Nilo e foi construído efetivamente no tempo greco-romano, bem próximo da época do nascimento de Cristo.

Isso significa que todos os seus hieróglifos são como os que eu descrevi a cima. As figuras são humanistas. Essa foi uma maneira que os greco-romanos encontraram para dominar o povo egípcio tendo aceitação: eles não destruíam seus templos e esmagavam seus deuses e sim incorporavam os imperadores e a cultura greco-romana numa estética própria dos egípcios antigos.

Do lado de fora do templo existe um grande poço em forma de Ankh – a chave que simboliza a fonte da vida.

Templo de Komb Ombo, todo iluminado.

Templo de Komb Ombo, todo iluminado.

 

Hieróglifos no templo de Komb Ombo - Egito.

Hieróglifos no templo de Komb Ombo – Egito.

À noite ia rolar uma festa típica no cruzeiro, até ficamos lá um pouco, mas só tinha umas 7 pessoas na festa… O navio estava vazio. Esse é mais um sintoma da crise que estava rolando na época em que fomos (2014): antes dela, havia cerca de 380 navios fazendo esses passeios no Rio Nilo. Durante nossa viagem, ficamos sabendo que existiam apenas 8. Só pra você ter uma ideia do tamanho da crise.

A grande crise: fomos roubadas no cruzeiro!

No terceiro dia o cruzeiro chegou em Aswan e lá desembarcamos. Aqui vai o porquê de não recomendarmos o navio Princess Sarah. Assim que chegamos no hotel em Aswan, meia hora após desembarcar, fomos contar nosso dinheiro e percebemos que MUITO dinheiro estava faltando.

Muito mesmo, das duas. Nos momentos em que saímos para os templos a gente deixava as bolsinhas com dinheiro dentro do cofre, na cabine do navio. Fomos roubadas de dentro do nosso próprio cofre!

Realmente parecia mais seguro do que sair com todo o dinheiro nas ruas, mas estávamos erradas. Nosso guia, Junior, foi conosco no navio, conversamos com o gerente e é claro que negaram tudo. Lá, conversamos com outras duas brasileiras que haviam feito tudo junto com a gente e elas falaram que também foram roubadas, ambas.

Mas não havia o que fazer, ninguém assumia nada e não devolveriam o dinheiro. Pesquisamos no Google e parece que, infelizmente, essa é uma cosia MUITO comum no Egito, tanto em cofres de cabines de navios quanto em quartos de hotel, inclusive hotéis caros como Hilton.

Lemos também que ir à polícia denunciar é pior ainda, porque eles têm esquemas e podem acabar virando a situação contra a vítima, apreendendo passaportes e etc. Aprendemos a andar sempre com o dinheiro, mas esse incidente deixou a gente bem chateada e abalada pelo menos por uns dias a seguir…

Mais uma foto do templo de Edfu, no Egito.

Mais uma foto do templo de Edfu, no Egito.

Mesmo com todo esse perrengue, eu digo que vale a pena sim fazer um cruzeiro no Rio Nilo. As paisagens são maravilhosas, as cidades por onde passamos também. A dica é pesquisar bem qual cruzeiro escolher e ficar atento com pertences de valor – nunca deixe nada no cofre!

Tem mais dicas sobre o cruzeiro no Rio Nilo? Deixe nos comentários!


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