O que fazer em Zanzíbar, na Tanzânia – guia de viagem completo
Hoje trazemos um texto de nosso amigo e colaborador Vini Rosa contando a experiência completa de sua viagem para Zanzíbar, na Tanzânia. O país tem muita natureza linda e dá vontade de ficar um tempão explorando os safáris e lindas praias.
Abaixo Vini te conta tudo o que você precisa saber para planejar uma viagem para o Zanzíbar. Descubra a seguir todas os detalhes práticos, roteiro completo dia a dia, dicas de segurança e hospedagem. :)
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Onde fica Zanzíbar?
Para começar, você deve estar se perguntando onde exatamente fica esse tal de Zanzíbar, né? É uma ilha pertencente à Tanzânia, no sudeste da África. Está próxima do Quênia. Olhe só no mapa abaixo:
Nesse mapa estão marcados 3 pontos principais: Mikumi e Bwejuu (em roxo), cidades base onde dormimos, e Dar Es Salaam (em verde), onde está o aeroporto internacional.
Como chegar em Zanzíbar
Para chegar no Zanzíbar há 2 opções: a primeira é ir de avião até a principal cidade da Tanzânia, Dar Es Salaam e de lá pegar uma balsa que cruza para a ilha, ou outro voo local. A segunda é conseguir pegar um vôo que vá direto para o Aeroporto Internacional de Zanzíbar.
O grande problema é que não existem voos diretos do Brasil. Eu saí de Barcelona (Espanha) em um voo da Emirates que fez uma escala em Dubai antes de chegar em Dar Es Salaam. A maioria dos voos que vão pra lá fazem escala em Dubai, Doha ou alguma capital africana.
Visto, Vacinas e Moeda
Turistas brasileiros precisam de visto para entrar no Zanzíbar. Mas é fácil, não precisa pedir nada antes. Ao chegar no aeroporto de Dar Es Salaam, você paga o valor de 50 dólares pelo visto. Leve esse valor em espécie.
É muito importante estar atento à vacinação: para quem sai do Brasil e vai pra lá, é obrigatório apresentar o comprovante internacional da Anvisa de vacinação para febre amarela.
Viajar para a África exige cuidados como sempre: beber água de garrafa, evitar saladas e frutas cruas, lavar bem as mãos antes de comer, etc.
Os preços turísticos são em dólares americanos e a moeda local deles é o shilling. Indicamos que você feche os passeios e transfers diretamente nos hotéis onde vai ficar, como fizemos. Os próprios hotéis fazem o câmbio de dólar para shillings.
Então é recomendado levar dólares americanos para viajar para o Zanzíbar, e depois você pode trocar um pouquinho de shillings nos hotéis para comprar coisinhas pequenas, tipo água e lembrancinhas.
Quantos dias para a viagem à Tanzânia e Zanzíbar?
A Tanzânia é um país enorme e a ilha de Zanzíbar também não é nada pequena. A natureza por lá esbanja bastante diversidade. Mas a verdade é que, turisticamente, apenas alguns pontos do país são explorados – e seguros – para turistas. No total ficamos 4 dias em Mikumi e 3 em Zanzíbar.
A quantidade de dias em Mikumi foi ideal pois deu pra fazer tudo o que planejamos. Ao planejar um safari, é importante deixar um dia a mais considerando se não faz bom tempo ou se não é possível ver todos os animais que interessam. Se sobra um dia, dá pra relaxar sem fazer nada no hotel.
Já em Zanzíbar, 3 dias efetivamente foram pouco. Acho que ficando 5 dias inteiros seria melhor para conhecer outras ilhas do arquipélago. Nossa viagem teve um total de 9 dias, sendo que perdemos 3 dias só com deslocamentos.
Nosso roteiro completo da viagem para Zanzíbar
Chegamos no aeroporto de Dar Es Salaam e já tínhamos contratado um transfer pelo hotel onde nos alojaríamos, o Camp Bastian Mikumi. Foram US$300 (ida e volta) para uma viagem de 6 horas e meia até Mikumi, onde está o Parque Nacional que nos interessava para o Safari.
Contratamos todas as excursões através do hotel mesmo, assim é mais fácil. Veja a seguir o nosso roteiro dia a dia da viagem!
Dia 1 – Safari no Mikumi National Park
Fizemos esse safari em carro privado só pra nós dois. Pagamos US$252 pelo passeio de 7 horas. O Mikumi National Park é o quarto maior parque do país e nos chamou a atenção por estar relativamente perto de Dar es Salaam (principal aeroporto da Tanzânia).
Além disso, os preços desse safari são mais baratos do que os parques do norte do país (Serengeti, Arusha ou Tarangire). O safari é considerado um jogo em que muitos tem como objetivo buscar os “Big Five” (leão, elefante, rinoceronte, búfalo e leopardo).
Destes, só vimos os dois primeiros, mas também encontramos antílopes, javalis, zebras, girafas, hipopótamos, macacos e “wild beasts”.
Dia 2 – Udzungwa Mountains National Park
Esse passeio foi interessante porque vimos como a paisagem mudava em 2 horas de viagem lá de onde estávamos no hotel (savana africana). Este parque que visitamos tem flora e fauna bem diferentes da savana.
Fizemos uma trilha (com subidas e descidas, de aproximadamente 4 horas) pelas montanhas e vimos cachoeiras incríveis. É possível se banhar mas água, mas estava muito fria e não nos animamos.
Pagamos US$150 pelo transfer; US$36 por pessoa pela entrada no parque; US$22 pelo guia que nos acompanhou.
Dia 3 – Visita a uma tribo Masai
A tribo está a 15 min andando do hotel em Mikumi e o preço já inclui um guia Masai local que explica tudo sobre a tribo, os costumes e tradições (US$20 por pessoa). No final do passeio eles nos convidam para dançar e comprar artesanatos que eles mesmos fazem.
Cabe ressaltar que os Masais são originalmente do norte da Tanzânia e estávamos na dúvida se valeria a pena esse passeio por não ser tão autêntico, mas acabamos gostando porque vimos algo diferente pra completar nossa estada em Mikumi.
O passeio durou 2 horas. Depois de visitar a tribo, nosso guia nos levou para conhecer o centro da cidadezinha de Mikumi, caminhando mesmo. Vimos como as pessoas vivem em meio a tanta pobreza, o mercado sem condição alguma de higiene, crianças na hora do recreio de uma escola primária.
Esse último dia foi mais relaxado. O guia do hotel nos acompanhou também em um passeio de bicicleta e aproveitamos a piscina do camping.
Dia 4 – Saída de Mikumi e balsa para Zanzíbar
De manhã fomos para a estação de ferry de Dar Es Salaam, pelo serviço de transfer que tínhamos contratado antes. Pedimos para o camping gestionar a compra das nossas passagens de ferry (balsa) para Zanzíbar – US$35 cada trecho.
A viagem em ferry dura 2 horas. Atenção: existe controle de imigração na chegada ao porto de Zanzíbar. Antes de ir viajar já tínhamos pedido à nossa hospedagem, o Hotel Sahari Zanzibar, um serviço de transfer para nos levarem da estação de balsa ao hotel. Pagamos US$50 por um trajeto de 1 hora. Depois nos demos conta que foi bem caro. :(
Dia 5 – Spice Farm e Stone Town
A previsão era de chuva para esse dia, então contratamos pelo hotel um pacote de 2 passeios por US$75 por pessoa, incluindo um guia. O primeiro era o Spice Farm, que consistia em visitar um sítio com plantações de diferentes condimentos (cravo, canela, gengibre, cúrcuma e etc) e muitas frutas que também podíamos comer à vontade.
E já que estamos falando de comida, o que comemos por lá foi muito gostoso. Eles cozinham legumes, carnes e peixe, fazem guisados e utilizam muito coco nas receitas. Os acompanhamentos são arroz branco ou arroz condimentado, uma espécie de polenta também feita de milho e “samosas” que são empanadas fritas recheadas de verduras ou carne.
O segundo passeio foi por Stone Town, que é a capital de Zanzíbar. Lá visitamos o mercado da cidade, vimos a casa onde nasceu Freddie Mercury e outros edifícios emblemáticos como House of Wonders (era o palácio dos sultães no século XVII e hoje em dia é um museu de história), a catedral anglicana e também o antigo mercado de escravos (Old Slave Market).
Dia 6 – Safari Blue
O Safari Blue custou US$50 por pessoa. Este foi um passeio em barco incrível, numa embarcação de madeira típica de Zanzíbar (“dhow“). No barco havia 16 turistas e 6 locais que nos acompanhavam.
Paramos em um banco de areia no meio do Oceano Índico, lá nos deram muitas frutas e tivemos um tempinho pra nadar. Seguimos o passeio no barco e fizemos outra parada para mergulhar naquela água azul turquesa com os óculos de snorkel que eles nos emprestaram.
Depois paramos de novo para mergulhar na Blue Lagoon e por fim, chegamos numa pequena ilha chamada Kwale, onde prepararam uma mariscada para almoçar. Esse passeio foi muito legal porque interagimos com mais gente no barco e demos sorte de ter um grupo bastante animado.
Nessa ilha também visitamos uma árvore imensa de baobá de 400 anos de idade. De curiosidade, vi que existem algumas poucas árvores dessas no Brasil, trazida pelos africanos. O candomblé a considera sagrada e nunca deve ser cortada ou arrancada.
Dia 7: Dia livre
Neste dia fizemos um passeio livre por nossa conta e sem guias. Pegamos o contato do motorista que nos levou até o Safari Blue no dia anterior e negociamos preço para nos levar até Kendwa, no norte da ilha.
Pagamos US$70 (mais US$10 de gorjeta) para ir e voltar de carro em 2 horas de caminho numa estrada ruim e sem asfalto em um longo trecho. O motorista nos esperou lá o dia inteiro até termos vontade de ir embora.
As praias do norte são belíssimas porque além de terem areia branca e água azul turquesa, tem natureza exuberante (muitos coqueiros por todos os lados) e boa infra-estrutura turística. Também é importante dizer que o pôr-do-sol no norte é o mais bonito da ilha.
Dia 8: Partida de Zanzíbar
Fomos embora de Zanzíbar, mas dessa vez decidimos contratar o mesmo motorista que nos acompanhou no dia anterior e pagamos US$35 até a estação de ferry. Lembram que na ida pagamos ao hotel US$50?
A recepção do hotel soube que estávamos contratando táxis fora do convênio deles e nos deixaram desconfortáveis com essa situação com perguntas do tipo: “Com quem vocês vão?” ou “Quanto vocês pagaram?“. Decidimos inventar que estávamos dividindo o táxi com outras turistas que estavam em outro hotel e que foram elas que contrataram o serviço.
Ao chegarmos na estação de ferry de Dar Es Salaam, tínhamos um motorista esperando, que contratamos lá no hotel de Mikumi. Pagamos US$20 para um trajeto de meia hora até o aeroporto de Dar Es Salaam.
Dia 9: Escala longa em Dubai
O voo de volta a Barcelona teve uma conexão de 16 horas em Dubai. Chegamos em Dubai já era quase meia-noite e dormimos lá no hotel TRYP by Whyndham – 4 estrelas. Pegamos um Uber (35€) para o hotel.
Na manhã seguinte, só deu tempo de visitar prédio mais alto do mundo Burj Khalifa, que reservamos o bilhete “At the top” (andar 148) com antecedência por 35€. É importante comprar antes pela internet, aqui: Ingressos oficiais Burj Khalifa em Dubai.
Para os que queiram ir até o andar 154, também tem a experiência de tomar chá ou coquetéis por 150€.
Nos deslocamos por Dubai de metrô e pagamos cada um 20 dirhams (4,90€) pelo “one day pass” com uso ilimitado do metrô até a meia-noite do dia de compra. Utilizamos esse ticket também para irmos para o aeroporto pegar o voo de volta à Barcelona.
É seguro viajar para o Zanzíbar?
Devo dizer que eu me senti seguro em toda a viagem pela Tanzânia e Zanzíbar, porque estávamos quase todo o tempo acompanhado de guias. No país você verá bastante pobreza contrastando com a bela natureza, o que causa um pouco de sensação de insegurança – e tristeza, claro.
Eu recomendo fechar todos os passeios com guia. Alguns rolês, como conhecer o centro da capital de Zanzíbar, até dá para fazer por conta, mas você estará menos protegido. Sem falar que o transporte público é muito precário e meio inviável. Então o tour resolve esse problema.
Onde se hospedar na Tanzânia e Zanzíbar
Para fechar o guia completo da viagem à Tanzânia e Zanzíbar, ficam algumas dicas de hotéis nas duas cidades que usamos de base para os passeios: Mikumi e Bwejuu.
Gostamos bastante dos nossos hotéis, por isso começamos indicando esses locais, mas também separamos outras opções para que você possa escolher a melhor para a sua viagem.
Dicas de hospedagem em Mikumi
Nós ficamos no Camp Bastian Mikumi. O hotel 4 estrelas era limpo, muito organizado e com ótima atenção. Lá passamos 4 noites em um bungalow com banheiro individual, bem bonito. Tem piscina, bar e jardins no local.
Se você quiser, pode jantar e almoçar por lá pagando um valor à parte.Sua nota no Booking é 9,4! Faixa de preço: $$$$
Clique aqui para ver preços, disponibilidade e fazer sua reserva no Camp Bastian Mikumi.
Outras boas opções de hospedagem em Mikumi são:
- Mikumi Wildlife Camp – 5 estrelas – nota 8,9 – $$$$$
- Tan-Swiss Lodge – 3 estrelas – nota 8.5 – $$$
- Mikumi Safari Cottages – nota 8,1 – $
Dicas de hotéis em Bwejuu
Ficamos no Hotel Sahari Zanzibar e adoramos as instalações do hotel! Era luxuoso, com boa localização no leste da ilha e tinha um ótimo restaurante (com preços parecidos com os europeus: US$20 para jantar). Sua nota no Booking é 8.9. Faixa de preço: $$$.
Está pertinho da praia e no hotel há piscina e restaurante. Um visual bem paradisíaco! Os quartos são espaçosos e confortáveis. O ponto negativo foi que eles queriam lucrar muito com os transfers que podíamos contratar.
Clique aqui para ver preços, disponibilidade e fazer sua reserva no Hotel Sahari Zanzibar.
Outras boas opções de hospedagem em Bwejuu são:
- Baraza Resort & Spa Zanzíbar – 5 estrelas – nota 9.4 – $$$$$
- Makuti Beach Bangalows – 4 estrelas – nota 7.7 – $$$
- Sherekea – 2 estrelas – nota 8.5 – $$
- Zanzibar Dream Lodge – hospedagem familiar – nota 8.3 – $
Ficou com alguma dúvida ou quer compartilhar dicas para viajar à Tanzânia e Zanzíbar? Deixe nos comentários! :)
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