Vacinas e dicas de saúde para o viajante

Muitas vezes ficamos com dúvida, quando vamos viajar para o exterior, se é preciso tomar vacinas e quais são as dicas de saúde… Sabia que não é em qualquer postinho que você pode tomar as vacinas e receber a carteirinha internacional da ANVISA para embarcar?

Nesse post te damos todas as dicas!

Núcleos de Medicina do Viajante

Um serviço muito bom para os viajantes é o atendimento dos Núcleos de Medicina do Viajante. Nele você já recebe as vacinas e dicas de saúde para viajar com segurança. Eu usei o do Emílio Ribas aqui em São Paulo e é incrível. É gratuito, os médicos são muito atenciosos e explicam tudo direitinho, eles oferecem acompanhamento posterior também.

Agendei consulta antes da minha viagem de 2 meses pela Ásia e na volta havia uma suspeita que eu tivesse trazido companhia comigo de lá. Voltei para outra consulta, fizeram vários exames e fui muito bem atendida. Felizmente não era nada. Mas recomendo muito uma consulta com os médicos antes de se jogar no mundo.

Na consulta eles vão dar dicas gerais para viagens, como não se alimentar com alimentos que não sejam cozidos ou assados. Eles explicam que podemos comer tranquilamente coisas em barraquinhas de rua, desde que esteja fervendo ou borbulhando ali na sua frente. Bebidas só de garrafas ou latas. Não comer frutas ou verduras que não tenham sido descascadas por nós mesmos e coisas desse tipo.

Claro que no primeiro dia em Bangkok estávamos tomando sucos de tangerina nas barraquinhas de rua como se não houvesse amanhã hahaha (desculpe doutores, não resistimos).

Em seguida eles perguntam quais países você vai viajar, já falam das doenças do país, quais são os sintomas, o que fazer se tiver os sintomas. Perguntam quais atividades você pretende fazer, andar em animais, camping selvagem, esportes radicais, etc, e então indicam quais são as vacinas a serem tomadas e já rola de tomar a maioria ali mesmo.

Algumas não são oferecidas gratuitamente pelo governo e aí precisa fazer uma pesquisa e decidir onde tomar. Os médicos dão também receitas para comprar antibióticos para levar na viagem em caso de infecção.

Para precaução da malária, como não existe vacina, eles indicam o uso de um repelente mais poderoso, como o Exposis Extreme. Você encontra nas farmácias e custa em média R$ 30,00. Tem uma versão para roupas que custa cerca de R$ 60,00.

Na minha consulta Dr Jesse explicou que os remédios para Malária encontrados no Brasil estão ultrapassados e os mosquitos já criaram resistência, e tem ainda os efeitos colaterais que podem atrapalhar muito a viagem: diarréia, náusea e vômitos.

É necessário tomar o remédio durante o período de risco de contaminação e 25 dias após a volta. Na gringa tem outros remédios mais modernos disponíveis, então uma sugestão é tentar comprar no exterior se possível.

O que eu fiz foi aproveitar as 8 horas de espera em Londres para pegar o segundo voo para Ásia e ir para o Centro de Londres onde comprei o remédio e tomei a vacina de febre tifóide (50 libras) que estava em falta em São Paulo. Fui na clínica: www.londontravelclinic.co.uk. Tem vários endereços no centro de Londres. Usei o remédio contra a malária que se chama Malarone. Tem outras opções:

• Doxycycline (10 tablets) £6.50
• Doxycycline (50 tablets) £32.50
• Larium (8 tablets) £30
• Larium (per tablet) £3.75
• Atovaquone / Proguanil ‘Generic Malarone’ (12 tablets) £45
• Atovaquone / Proguanil ‘Generic Malarone’ (per tablet) £3.75
• Malarone Paediatric (12 tablets) £20
• Malarone Paediatric (per tablet) £1.70
• Paludrine/Avlocor £20

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Onde encontrar esse tipo de atendimento

Núcleo de Medicina do Viajante Hospital Emílio Ribas

Avenida Dr. Arnaldo, 165, Cerqueira César – São Paulo
Fone: (11) 3896-1200 | 1201 Fax: (11) 3896-1281
fica no térreo do Prédio da Portaria. O metrô mais próximo é o Clínicas, na linha verde.


me*********@em*********.br












Atendimento: de 2ª a 6ª, das 8h às 17h

Precisa agendar com antecedência pelo e-mail

ag*********@em*********.br











ou pessoalmente no (guichê de admissão) horário das 7h às 20h de 2ª a 6ª feiras.

Os agendamentos por e-mail serão respondidos em até 48 horas com as informações necessárias para o dia da consulta. Informar os seguintes dados: nome completo, data de nascimento, filiação, telefone de contato, horário de interesse (manhã ou tarde), sugestão de data. Mais informações podem ser obtidas no telefone (11)3896-1400

No dia da consulta chegar com 30 minutos de antecedência para abertura da ficha (guichê de admissão), apresentar documento com foto e carteira de vacina e levar a carteirinha de vacinação.

Ambulatório do Viajante no Hospital das Clínicas

Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255 – São Paulo – SP
Fica no prédio dos Ambulatórios, logo que você entra à esquerda. Metrô Clínicas, na linha verde. A Gabi tomou a vacina de febre amarela lá, também é gratuita e se for só pra tomar a vacina não precisa marcar hora, é só chegar.

O agendamento de orientação pré-viagem deve ser feita pessoalmente ou pelo telefone (11) 3069-6392, das 8:30h às 10:30h.

Cives (Centro de Informações em Saúde para Viajantes) do Hospital Universitário da UFRJ

Cidade Universitária, Ilha do Fundão – Rio de Janeiro – RJ
E-mail para agendar:

ag****@ci***.br












Telefone (21) 2562-6213

Os Centros de Orientação para a Saúde do Viajante da ANVISA e serviços credenciados executam a atividade de orientação aos viajantes sobre cuidados com a saúde e de emissão do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia.

ATENÇÃO: como algumas vacinas precisam de mais de uma dose com intervalo grande, marque uma consulta bem antes da sua viagem! Agende pelo menos 3 meses antes.

CERTIFICADO INTERNACIONAL DA FEBRE AMARELA

Notem que para conseguir o certificado Internacional de Vacinação da Febre Amarela (CIVP) deverá antecipadamente acessar o site da Anvisa para realizar seu pré cadastro.

Normalmente eles só emitem o certificado se você tomar a vacina no local. Eu tinha tomado a vacina anteriormente para ir para Amazônia, mas tive que tomar outra para conseguir o certificado internacional.

No site da ANVISA eles dizem que se levar a carteirinha de vacinação carimbada, preenchida e assinada é possível, mas se não der para ver o lote ao alguma outra informação eles não vão emitir.

Leve documento de identidade oficial com foto (carteira de identidade, passaporte, carteira de motorista válida, etc). Apresentação da Certidão de Nascimento é aceita para menores de idade (a vacina é recomendada para crianças a partir de 9 meses).

Isenção de vacinação: para casos em que a vacinação ou a profilaxia for contra-indicada, deverá ser emitido o Atestado ou Certificado de Isenção de Vacinação e Profilaxia. A emissão deste certificado pode ser realizada por um profissional médico ou por um Centro de Orientação ao Viajante.

Quando emitido por profissional médico deverá se utilizado o modelo de atestado médico específico, disponível abaixo, observando-se:

I. Preenchimento completo e de forma legível dos dados;
II. Identificação do profissional médico e do local onde for efetuado o atendimento;
III. Parecer médico de contra-indicação de vacinação ou profilaxia

VACINAS que você possivelmente tomará:

Febre amarela (válida por 10 anos). Alguns países exigem o certificado e você não entra sem ele. É preciso tomar a vacina pelo menos 10 dias antes.

Áreas de risco de febre amarela: Brasil: Regiões Norte e Centro-Oeste (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul), além dos estados do Maranhão e de Minas Gerais e de alguns municípios da Bahia, do Piauí, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

América do Sul: áreas de matas e florestas da Argentina*, da Bolívia*, do Brasil*, da Colômbia, do Equador*, da Venezuela, da Guiana, da Guiana Francesa, do Panamá*, do Paraguai*, do Peru*, do Suriname, de Trinidad e Tobago e da Venezuela* (* países endêmicos).

África: Angola, Benin, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Central Africana, Chade, Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Quênia, Guiné Equatorial, Etiópia, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Somália, Sudão, Tanzânia, Serra Leoa, Togo e Uganda.

Febre Tifóide: dose única, é paga. Na época que precisei estava em falta em São Paulo. Tomei em Londres.

Difteria: (dose única) – gratuita

Tétano: (dose única) – gratuita

Raiva: é paga. Indicada especialmente se você vai ter contato próximo com animais.

Tríplice: Sarampo, caxumba e rubéola. Gratuita.

Hepatite A: 2 doses, a 2ª dose deverá ser feita seis meses após a 1ª dose. É paga. A doença é adquirida basicamente pelo contato com alimentação e água contaminadas.
Hepatite B: Três doses: a 2ª dose deverá ser feita um mês após a 1ª dose e a 3ª dose seis meses após a 1ª dose. A boa notícia é que a gora a vacina é gratuita até os 50 anos. A doença é transmitida pelo contato sexual ou pelo sangue contaminado.

Vários laboratórios oferecem a vacina contra hepatite. Eu tomei no Delboni. É possível tomar a vacina conjunta A+B ou separado.

Aqui tem uma entrevista bacana do Doutor Drauzio Varella com o Dr Jessé do Emílio Ribas (o que me atendeu) falando sobre a importância da orientação aos viajantes.

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