Os melhores livros para viajar pelo Reino Unido
Quem já viajou pelo Reino Unido viu como os britânicos amam ler. Em qualquer vagão de metrô ou trem encontramos muitas pessoas concentradas em suas leituras. Em todas as lojinhas há livros à venda, muitos deles naquelas versões mais baratas e leves.
A leitura na Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte é um hábito consolidado. E a lista de escritores incríveis que vem desses países é extensa. Vamos sonhar um pouco com os melhores livros para viajar pelo Reino Unido?
Charles Dickens – Inglaterra
Um dos nomes mais renomados na literatura britânica, Charles Dickens retratou Londres da era Vitoriana. No início dos seus escritos também usou o pseudônimo Boz. Boa parte de seus romances eram publicados em episódios mensais ou semanais, e só mais tarde foram republicados como obras completas. Ele criticava a sociedade, a pobreza, as más condições de vida e os problemas da vida na Inglaterra vitoriana.
Oliver Twist, publicado em 1838, é um dos seus livros mais famosos, e retrata a vida de um órfão. Outro livro clássico seu é David Copperfield. Também publicou uma série de histórias natalinas, sendo A Christmas Carol a mais famosa.
Como curiosidade, ele frequentava o pub Lamb and Flag, no bairro de Covent Garden, em Londres, onde eu e meu ex-marido trabalhávamos. Achava incrível trabalhar em um pub que havia sido frequentado por Dickens.
Peter Pan – Escócia
Presente na nossa vida desde nossa infância, Peter Pan, Sininho, Wendy e Capitão Gancho fazem parte do nosso imaginário. Poucas pessoas sabem que a história do menino que não quis crescer começa na Escócia, onde nasceu o escritor e dramaturgo J.M Barrie. A casa onde Barrie passou seus anos mais felizes, Moat Brae em Dumfries é tida como o berço de Peter Pan. Já a ilha escocesa Eilean Shona teria sido a inspiração para a Terra do Nunca.
O Senhor dos Aneis – País de Gales
JRR Tolkien cresceu na cidade inglesa de Birmingham, até então um vilarejo rural. Ele se intrigava com o idioma ‘estranho’ que via nas placas da estação de trens: “uma língua antiga, ainda viva”. O idioma era o galês, de origem celta e falado até hoje em boa parte do País de Gales. Tolkien usou o galês como inspiração para as línguas élficas presentes em suas obras, e chegou a passar férias no país, de onde tirou outras inspirações, como conta este artigo do VisitWales.
O Morro dos Ventos Uivantes – Haworth, Yorkshire, Inglaterra
O vilarejo de Haworth, em Yorkshire, e os pântanos ao redor são famosos por serem o lar das irmãs Brontë. Para Emily Brontë a região foi fonte de inspiração para O Morro dos Ventos Uivantes (Wuthering Heights) de 1847. Hoje a casa da família se tornou um museu, onde estão expostos itens pessoais como a mesa onde Emily escrevia. Nas proximidades fica a Cachoeira Brontë, conhecida por ser o local favorito da família.
Alice no País das Maravilhas – Oxford, Inglaterra
Como foi bom viajar com Alice, seguir o Coelho Branco e cair em um mundo mágico! A obra-prima literária de Lewis Carroll nasceu na cidade de Oxford, Inglaterra, e seu legado permanece vivo até hoje. Tudo começou com um passeio de barco com a pequena Alice Liddell, a filha do reitor da universidade, onde Carroll dava aulas de matemática. O conto narrado no barco virou livro e foi publicado em 1862. E Oxford continua cheia de atrações para quem quer seguir os passos de Alice.
Orgulho e Preconceito, Jane Austen – Hampshire, Inglaterra
Como não se apaixonar por Mr. Darcy? Jane Austen, uma das autoras mais aclamadas da literatura britânica, é capaz de nos transportar até os anos 1800 em suas belíssimas obras. Austen está muitas vezes associada a Bath, cidade onde morou e tirou parte da sua inspiração, e que mantém um museu em sua homenagem. Mas foi na Chawton House que Jane Austen deu vida aos seus livros mais famosos – Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade, Persuasão e Emma.
E para quem é apaixonado por Jane Austen, deixamos uma dica. A Heloísa Righetto faz tours na Inglaterra sobre a autora e no seu instagram também tem bastante conteúdo sobre ela. Confere aqui o insta dela.
A saga Harry Potter – Grã-Bretanha
Uma das séries mais amadas mundo afora, Harry Potter é sinônimo de Grã-Bretanha. A escritora JK Rowling integrou os cenários britânicos em cada etapa da história, desde a casa dos Dursley em Surrey até a estação de trem King’s Cross, em Londres, passando pela casa dos Weasley em Devon e rumo às Terras Altas da Escócia – sede do Castelo de Hogwarts. Para fãs de Harry Potter!
A Gabi, que também escreve esse blog comigo, é a típica millenial fã de Harry Potter. Me contou que foi o primeiro romance que leu inteiro, sozinha e sem ser por petição da escola. A pequena Gabi de 9 anos de idade se apaixonou pela leitura com os bruxinhos e até hoje espera a sua carta de Hogwarts.
Nós visitamos os Harry Potter Warner Bros Studios, perto de Londres e contamos tudo nesse post.
Drácula de Bram Stocker – Irlanda e Inglaterra
Continuando nossa lista de livros para viajar pelo Reino Unido, vamos falar de Bram Stocker, romancista, contista e poeta irlandês. Sem dúvida é conhecido por Drácula, seu romance gótico que virou filme (que acho maravilhoso).
Ao que tudo indica, a inspiração para escrever Drácula veio após uma visita do autor à cidade litorânea de Whitby, no norte da Inglaterra, em 1890. As ruínas da enorme Whitby Abbey, cercada por lápides de pedra, criaram a atmosfera sombria ideal para Stoker. Todos os anos o Halloween em Whitby é digno do Conde Drácula.
A obra de Agatha Christie – Devon, Inglaterra
Moradora da Riviera Inglesa, a ‘Rainha do Crime’ não teve apenas um, mas uma série de livros inspirados e escritos na região de Devon, Inglaterra. A adorável cidade litorânea de Torquay foi onde Agatha nasceu e viveu a maior parte de sua vida, e é lá que acontece o festival em sua homenagem, no mês de setembro. Siga os passos de Poirot e Miss Marple na trilha de Agatha Christie pela região.
As Crônicas de Nárnia – Irlanda do Norte
CS Lewis se inspirou na mitologia celta para criar a saga As Crônicas de Nárnia. O escritor nasceu em Belfast, na Irlanda do Norte e estudou em Oxford, Inglaterra, onde acabou se tornando um grande amigo de JRR Tolkien. Os dois costumavam beber juntos no pub The Eagle and Child, de pé até hoje. Mas foi nas Montanhas Mourne, durante suas férias, que CS Lewis viu o fantástico universo de Nárnia ganhar vida: “me fez sentir que a qualquer momento um gigante poderia levantar a cabeça sobre a próxima cordilheira”, escreveu.
A obra de Shakespeare – Stratford-upon-Avon, Inglaterra
Um dos maiores escritores do planeta, e possivelmente o nome mais conhecido e influente da literatura, William Shakespeare fundou as bases da língua inglesa como conhecemos hoje, há mais de 400 anos. Sua lista de trabalhos é vasta e possivelmente você já leu, ou viu alguma peça ou filme de algum dos seus trabalhos: Hamlet, Rei Lear, Macbeth, Sonho de uma Noite de Verão, Romeu e Julieta, Muito Barulho por Nada…
Visitar Stratford-upon-Avon, a sua cidade natal, é uma experiência especial e imperdível para os fãs da literatura inglesa. É possível conhecer a casa onde Shakespeare nasceu e que hoje é um museu ou ver uma de suas obras no majestoso teatro da cidade.
Outra ideia é visitar o Shakeaspeare Globe, uma reconstrução dos teatros da época de Shakespeare Londres e assistir a uma das suas peças. O teatro fica próximo ao local onde ficava o seu teatro original e que foi destruído por um incêndio em 29 de junho de 1613.
Trainspotting, Irvine Welsh – Escócia
Trainspotting, publicado em 1993, mostra um lado trash, mas interessante. São histórias curtas que retratam a vida de alguns moradores de Edimburgo envolvidos em situações de vício. Ficou muito famoso quando foi transformado em filme, dirigido por Danny Boyle em 1996.
Irvine Welsh escreveu ainda uma continuação, Porn (2002) e Skagboys (2012), uma prequela. Tem uma passagem forte que virou poster e é um produto muito vendido, inclusive tinha um poster no banheiro da minha casa em Londres e depois da minha casa em São Paulo. Deixo aqui:
“Choose Life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance. Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suit on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who the fuck you are on Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pissing your last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourselves. Choose your future. Choose life…”
Virginia Woolf – Inglaterra
A escritora inglesa é uma das maiores romancistas líricas da língua inglesa e uma das pioneiras no uso do fluxo de consciência na narrativa. Ela abordou temas como a guerra, bruxaria e os papéis das classes sociais na sociedade moderna britânica.
Seus principais trabalhos são Mrs. Dalloway (1925), Ao Farol (To the Lighthouse) (1927) e Orlando, uma Biografia (1928). Boa parte do seu trabalho foi publicado por ela mesma, através da Hogarth Press, empresa que ela comandava com o marido.
Oscar Wilde – Irlanda
Oscar Wilde foi escritor, poeta e dramaturgo, sendo essa última função a que mais lhe trouxe destaque. Também da era vitoriana. The Picture of Dorian Gray é seu principal romance. Foi publicado originalmente na Lippincott’s Monthly Magazine em 1890, e o editor da revista deletou trechos que considerou indecentes demais para publicação. Ainda assim a obra recebeu muitas críticas duras por seu conteúdo considerado imoral e venenoso.
Oscar Wilde era gay e foi condenado e preso por indecência por seus atos homossexuais. Acabou falecendo aos 46 anos.
Mary Shelley – Inglaterra
Mary Shelley é conhecida principalmente por seu romance gótico publicado em 1818, Frankenstein ou o Prometeu Moderno, que ganhou versões em filme e no teatro. Ela também foi editora e grande promotora dos trabalhos do seu marido, o poeta romântico e filósofo Percy Bysshe Shelley.
Shelley escreveu romances, contos, ensaios, críticas, biografias e relatos de viagem (seria Shelley uma blogueira de viagem vintage?). History of a Six Weeks’ Tour, relata sua viagem à França. E seu último livro foi Rambles in Germany and Italy in 1840, 1842 and 1843, escrito em forma de cartas e publicado em 1844, relatando suas viagens com seu filho Percy Florence e alguns amigos da universidade.
Gostou dessa lista de livros para viajar pelo Reino Unido? Se você quiser deixar outra sugestão, nos conte nos comentários! Vamos adorar ler e viajar :)
Qual moeda levar para o Reino Unido
No Reino Unido, a moeda utilizada é a Libra e a melhor pedida para câmbio é, sem dúvida, usar o cartão multimoedas pré-pago da Wise. É um cartão Visa que funciona no modo débito com senha ou aproximação.
Você carrega a moeda que quiser na sua conta Wise, pelo aplicativo, pagando por PIX da sua conta bancária brasileira, e tem a melhor cotação de câmbio de todas. Além disso, o Wise funciona como um cartão de débito e te deixa sacar dinheiro em praticamente qualquer caixa eletrônico!
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