Road trip pela Itália – parte 2

Na continuação da saga da roadtrip pela Itália, desta vez é Olívia quem escreve. O português é diferente, mas o espírito de aventuras é o mesmo!!!!
Se você perdeu a parte 1 dessa aventura, ela está aqui.

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1 – Volterra

Na saída de Pisa, ainda estávamos sem hospedagem para as próximas noites. Resolvemos colocar então um anúncio público no cuchsurfing, e eis que surge uma mensagem super fofa em resposta: uma jovem que nos convidou para conhecer a sua pequena mas mui bela cidade, Volterra, que fica na Toscana.

Olhamos uma para a cara da outra e dissemos: why not? E assim colocamos “pés ao caminho”, fazendo um pequeno desvio do que havíamos planejado… E que fantástica decisão!! Volterra é uma cidade medieval, cercada por uma muralha e que é conhecida pelas suas oficinas de artesãos de alabastro, uma pedra ornamental usada para fins decorativos.

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Volterra Italia

Eleonora (a mocinha que nos convidou) revelou-se uma guia fenomenal! Ela tem uma cultura geral surpreendente e até fala um pouco de português! Encontramos uma Patty versão italiana com 21 aninhos, hehe.

Descobrimos com Eleonora que existe um aplicativo chamado GuideMeRight que você pode utilizar para contratar guias que são na verdade pessoas que vivem nas cidades, a preços bem reduzidos, para dar uma volta com você e te mostrar a cidade toda. Eleonora estava começando no Guide, mostrou pra gente como funciona, mas as horas que ela passou conosco foram todas na camaradagem mesmo.

Depois de no primeiro dia almoçarmos uma pasta made for turistas, eis que tivemos oportunidade de comer uma pasta artesanal feita por uma verdadeira mamma italiana – a mamma da Eleonora. Que delícia, gente! Alimento para o corpo e para a alma.

Após 2 noites, a despedida foi custosa, mas não saímos sem antes ver a mamma aprendendo com a Patty umas posições de yoga. Que família inesquecível!

2 – San Gimignano

Seguimos então viagem até um ponto bem mais conhecido dos guias de turismo: San Gimignano! Afinal, após ler várias matérias sobre os melhores sorvetes do mundo, logo colocamos no nosso itinerário esta cidade e estávamos curiosas para provar os sorvetes. O mais difícil foi escolher qual experimentar pois tudo tinha ótimo aspecto!

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O sorvete inesquecível

Tendo em conta a nossa experiência com lugares tipicamente turísticos em Itália, ficamos surpresas por não ser tão caro, apesar de mundialmente conhecido. Experimentamos sorvete de manga e de pistáchio e podemos dizer que nunca comemos nada tão “natural”!

A cremosidade e o sabor fazem querer voltar para pegar outro… mas não pode, né? Aproveitamos o fato de ainda ser cedo e passeamos um pouco pelas ruas típicas. Assim que começaram a chegar os grupos de turistas decidimos que estava na hora de voltar para o Nemo e continuar viagem até Florença. Não sem antes percebermos que o que não pagamos no sorvete pagamos em estacionamento!

3 – Florença

Todos os sites e blogues que consultámos antes da viagem eram unânimes numa coisa: a melhor maneira de visitar Florença de carro é deixá-lo estacionado no exterior da cidade e pegar o trem até ao centro. Assim fizemos! Paramos o carro no estacionamento de um supermercado, perto da parada de trem e lá fomos nós.

Em mais um dia de muito calor demos a típica caminhada pelo centro, vimos o Duomo e os museus pelo exterior (em relação à visita aos museus recomendamos comprar o ingresso antecipadamente online), e subimos até ao Jardim das Rosas, que tem uma das melhores vistas da cidade.

No regresso fomos fazer umas comprinhas para garantir as refeições seguintes e eis que desaba o céu! Esperamos algumas horas até passar a tempestade que surgiu de repente, pois tínhamos reserva num parque de campismo que ficava no outro extremo da cidade. Quando pudemos enfim partir, encontramos um cenário de destruição em todo o caminho e no parque de campismo não pudemos nos instalar pois tudo estava inundado.

Cansadas e sem saber o que fazer, voltamos ao estacionamento e começamos a ligar para hotéis e hostels na tentativa de conseguir um quarto para essa noite. Descobrimos que a partir da meia-noite ninguém atende o telefone na recepção!

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Destruição pós temporal em Florença

Quando já havíamos perdido as esperanças, Patty coloca um post no FB e um conhecido dela de SP comenta que estava em Florença, num hotel e salvou nossa noite: desceu na recepção do hotel, acordou o recepcionista (que tinha um sono pesado) e fez uma reserva para nós. A 1h30 da manhã fizemos check-in, tomamos um banho quente e desmaiamos numa cama confortável como há uns dias não tínhamos.

Conclusão: de vez em quando é bom ter uma noite descansada. Abalou o nosso orçamento mas serviu para recarregar energias antes de seguirmos para Bolonha.

4 – Bolonha

A cidade que tem a Universidade mais antiga do mundo nos recebeu deserta, como a maior parte das cidades universitárias está em agosto, nas férias de verão na Europa. Aqui conhecemos 2 moças russas que faziam mochilão pela Europa e que estavam no mesmo couch que nós.

Exploramos juntas a cidade por 2 dias, descobrindo por exemplo que a estátua de Neptuno encomendada pelo Papa no século XVI pode ser bem explícita sexualmente. Este é um dos cinco segredos escondidos de Bolonha, o dedo de Netuno que se transforma em falo. Pode ser lenda, pode ser verdade, mas….

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Intencional ou a mente suja das pessoas?

5 – Veneza

Chegada a Veneza: Patty a cobiçar a roupa de um motoqueiro que passou por nós. Cinquenta quilômetros depois, chegamos na casa do nosso couchsurfer e não é que a roupa estava pendurado na entrada? Era o motoqueiro que vimos na estrada! Rimos muito da coincidência, mesmo porque a Patty tinha publicado a foto do cara no Facebook hehe

E o que dizer sobre Veneza? É uma cidade bonita, única, mas na qual não passa nada despercebida a intenção de explorar o visitante. Foi o único lugar onde tivemos de pagar pelo mapa no ponto de turismo (apesar de estar sinalizada, o mapa dá uma ajuda na orientação…).

Ahhh e ao contrário do que se pode pensar, os canais não tinham mau odor, mesmo com o calor infernal que fazia. Dormimos na cidadezinha do lado, chamada Mestre, mas o acesso a Veneza fez-se tranquilamente de ônibus – carros não entram!

O que mais nos surpreendeu foi a beleza das máscaras venezianas. Associadas ao Carnaval e feitas de papel maché, existem para todos os gostos e para todas as carteiras… Não é difícil encontrar pequenas lojas locais que vendem essas pequenas obras de arte, assim como versões mais baratas, importadas da China.

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Máscaras carnavalescas de Veneza

6 – Milão

Seguindo para Milão, passamos por Verona, conhecida por ser a cidade de Romeu e Julieta. Tentamos ver a famosa varanda mas uma enxurrada de turistas bloqueava a passagem, por isso o passeio resumiu-se a uma visita de pouco mais de uma hora pela cidade simpática.

Rapidamente chegamos a Milão, onde fomos acolhidas por um amigo. A cidade estava deserta, mesmo com a Expo Milão a decorrer. O cansaço de toda a viagem já se fazia sentir e acabamos por fazer pequenos passeios nas horas de menor calor, com direito a banho na fonte de um jardim público… nós e os cachorros!! Hehe Ponto positivo da cidade: ter fontes de agua potável de acesso gratuito nos parques públicos.

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Se refrescando nas fontes de Milão

Após 2 dias em Milão olhamos uma para a cara da outra e decidimos voltar para casa (não fazendo as paragens previstas em Turim e no Lago Como, mesmo porque havia previsão de chuva e tínhamos previsto acampar.

No entanto, não deixamos a Itália sem antes aproveitar os produtos de qualidade que o país tem, desde as pastas, até aos vegetais frescos. Nossas últimas horas na Itália foram assim, fazendo compras num supermercado em Turim, hehehehe. E toca para Grenoble novamente.

E depois de três semanas de estrada, a última semana de férias da Patty foi a descansar da viagem de férias. Largada em casa, no sofá da sala. E com a cabeça já a pensar na próxima viagem.