Largar tudo e viajar sem destino… que loucas!
Mal começamos a nossa vida de blogueiras viajantes, e as dúvidas já começaram a chegar. “– Mas vocês vão abandonar a casa, a carreira? “, ” – “E a família? ”, “– Como vão trabalhar? ”, “ – Mas tanto investimento em estudo para nada? ”. Essas perguntas nos mostram o quanto o universo dos viajantes ainda é desconhecido para a grande maioria das pessoas.
“-Então, como faz para viajar sem data para voltar? ”. “-Como faz para ganhar dinheiro e viajar ao mesmo tempo?”
Primeiro, é preciso lembrar que nós temos uma história de vida marcada por muito conhecimento profissional. Estudamos, fizemos faculdade, pós-graduação, estudamos idiomas. Temos amigos, temos uma rede de contatos. Ou seja, nada disso está perdido só porque desejamos agora ter uma vida nômade.
Lembrando, há muitas pessoas que caem na estrada para viver uma grande aventura, sem lenço nem documento. Admiramos muito os corajosos, mas este não é o estilo de nomadismo que temos vontade de viver. Cada um na sua vibe, né?
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Em segundo lugar, é preciso lembrar que nenhuma decisão precisa ser para sempre. Toda decisão, para nós, deve ser mantida apenas enquanto faz algum sentido. Nós desejamos estar casadas enquanto isso faz sentido para as duas, e não porque é uma decisão sem volta. Desejamos viajar enquanto fizer sentido, não é um compromisso assumido religiosamente, sem possibilidade de mudança de planos.
Dito isso, vamos aos detalhes. Quando eu estava fazendo meu doutorado, tive os anos mais doidos da minha vida até agora. Basicamente, desmontei uma casa toda e houve um período em que comecei a viver por uma temporada em hostels, porque não valia a pena montar um apartamento.
Foram duas idas aos Estados Unidos, uma ao Canadá, uma ao Chile, uma à França (estes todos por mais de um mês) e mais outras visitas pequenas a outros países. Neste período, entendi que era possível trabalhar em deslocamento, e quantas vezes montei apresentação para congresso ou fiz análise de dados num avião, num aeroporto, num ônibus. Comprei um computador super leve e com longa duração da bateria, e ele me acompanha quase sempre.
Também aprendi a dormir em qualquer canto, para poder aproveitar melhor meus destinos, já que, como todas as viagens eram a trabalho de campo para minha pesquisa do doutorado, eu tinha que me virar também para rentabilizar meus dias e meus roteiros e poder visitar alguma coisa.
Nestas já dormi no aeroporto em Atenas, de Havana, de Paris, de Toronto, e uma vez dormi no metrô em Paris. Já Olívia, de sua parte, acostumou-se a viajar de carro, dormindo sempre usando Couchsurfing, o que deu a ela uma boa experiência na estrada. Ela também teve uma empresa de treinamento e consultoria em Portugal, e viajava de norte a sul do país para montar suas palestras, e teve uma vida seminômade por vários anos.
Quando nos conhecemos no Brasil, viajamos algumas vezes (Rio de Janeiro, Curitiba, Manaus), mas sempre como turistas. E depois de alguns meses veio o meu pós-doutoramento na França, cuja aprovação nos pegou praticamente desprevenidas, e tivemos que desmontar a nossa casa na correria.
De Porto a Grenoble de carro
Tomamos um voo para Paris, um trem para Grenoble, alugamos um apartamento no AirBnB e começamos a vida em Grenoble. Acontece que Olívia tinha deixado o carro em Portugal, antes de ir para o Brasil, e nós achamos que seria bom ter um carro em Grenoble. Vender o carro em Portugal e comprar outro na França? Nãooooo, nós fomos é buscar o carro.
E ai começou uma pequena grande loucura que nós viemos a fazer por seis vezes, a distância de quase 1800km que separa a cidade do Porto da cidade de Grenoble, que fica já na fronteira da França com a Itália. Em resumo, atravessávamos três países inteiros sempre que fazíamos esta viagem de carro. Segue o mapa para vocês terem uma ideia, logo abaixo.
Mas não pensem que é grande coisa, a distância entre o Porto e Grenoble é menor que a distância entre São Paulo e Salvador. Sério. Mas como nós fizemos esta distância por seis vezes, testamos muitas formas: já fizemos direto por autoestrada, sem parar; em três dias por estradas secundárias, pernoitando na Espanha e já na França; parando de duas em duas horas e dormindo no carro; em dois dias parando na metade; enfim…
Foi daí que ganhamos a nossa primeira experiência em longas road trips. E com essa experiência fizemos a nossa primeira viagem teste, que foi uma road de três semanas pelo norte da Itália em 2015, no nosso período de férias de verão.
E para tomar banho? E para trabalhar? E para lavar roupa? E para comer? E para dormir? E para usar o banheiro?
Todas essas perguntas a gente responde já no próximo post, onde vamos contar nossos perrengues na Itália e como essa viagem foi importante para percebermos que viver viajando assim é possível para nós.
Venha viajar conosco. Até o próximo post.
Patrícia e Olívia são responsáveis pelo projeto Travel Like Girls.
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