Ficamos doentes na viagem. E agora?

Essa é minha segunda passagem pela Bolívia. A primeira foi difícil por causa da altitude, e infelizmente essa segunda também está dureza, porque ficamos doentes na viagem.

Lidar com os efeitos da altitude (também conhecidos como “soroche“) não é fácil. A respiração fica curta, subir um lance de escada é difícil como correr uma maratona. O coração fica disparado o tempo todo e especialmente à noite a gente sente ele batendo tão forte no peito que fica difícil dormir. Dores de cabeça, enjoo, vômitos…

Da outra vez que estive por aqui visitei o Chacaltaya. Nesse dia eu achei que fosse morrer. A montanha fica a  mais de 5000 metros de altura. Quando cheguei lá o oxigênio estava muito escasso. Eu mal conseguia andar. Minha cabeça estava prestes a desligar.

Sentia como se eu estivesse sonhando, meio acordada, meio dormindo, num outro mundo… Não consegui subir o pedaço final até o cume. Não conseguia dar nem 5 passos. Sentei num sofazinho na casa que fica ali na montanha e fiquei delirando. Foi horrível.

Na época eu estava com anemia e isso deve ter tornado as coisas mais difíceis. Fora esse pequeno detalhe da anemia eu estava bem fisicamente, fazendo muita academia… mas não foi suficiente.

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Em La Paz passei 2 dias de sofrimento, vomitando e com diarreia, sem conseguir comer nada. Um deles nem sai do meu quarto de hotel.

O raio não cai 2x no mesmo lugar?

Três anos depois estou aqui de volta com a Gabi. E adivinhem? Mal estar de novo! Já estávamos com falta de ar e coração disparado desde o Atacama. No dia que nossa van quebrou a caminho do Salar de Tara e passamos horas na estrada debaixo do sol acabei tendo uma crise de espasmos, talvez devido a uma desidratação.

Mas fomos levando, com muita paciência e recompensadas pelas belas paisagens, tomando muita água, mascando folhas de coca e inalando oxigênio de spray. 

Leia também: Diarréia na viagem – dicas para lidar com o piriri

No dia que tomamos o ônibus do Uyuni para La Paz comecei a me sentir mal no meio da tarde. Uma dor forte no estômago e uma náusea que ia aumentando. E a gente tinha um ônibus noturno de 10 horas para encarar. Não dava para mudar. Entrei no ônibus orando para todo o universo para não ter um piriri homérico na estrada.

Passei 10 horas respirando fundo para segurar o vômito e me contorcendo de cólica de tempos em tempos. Consegui vomitar uma vez só! O que considerei uma grande vitória, rs.

Chegamos em La Paz e mais uma vez meu primeiro dia foi na cama do hotel, sem conseguir comer. Qualquer tentativa era colocada para fora. Ficamos preocupadas porque sabíamos que em 2 dias íamos pegar a estrada, mais uma vez de ônibus, primeiro até o Lago Titicaca e depois 12 horas até Cusco. Desse jeito não ia dar.

Consideramos jogar a toalha e terminar a viagem por aqui. Tentamos trocar nossas passagens e voltar para São Paulo aqui de La Paz, mas o atendimento LATAM/MULTIPLUS é horrível e apenas perdemos 2 horas na espera telefônica.

Salvas pelo seguro viagem

Acionamos o seguro saúde e fui para uma clínica aqui em La Paz. Estamos com o seguro Travel Ace, que compramos pela Seguros Promo. O atendimento foi ótimo. Descobri que minha saturação de oxigênio estava ótima, segundo o médico melhor que a dos bolivianos! Rs

Mas constatamos minha infecção intestinal. Sai de lá com uma receita enorme e entrei nos antibióticos. Com o remédio, melhorei depois de umas 30 horas. Consegui comer e ficamos super felizes de continuar a viagem.

Preparamos nossas malas para pegar o ônibus das 6:30 da manhã. Eis que lá pela 1 da madrugada Gabi começa a ter a mesma dor de estômago. Não demora muito e ela começa a vomitar, muito mais que eu.

Por incrível que pareça ela pegou a mesma bactéria! Ligamos correndo pro seguro viagem e eles mandaram um médico aqui no hotel. Nova receita enorme para ela.

O médico saiu daqui 4 da manhã. Eu fui no ponto de partida do ônibus avisar que não conseguiríamos viajar nessas condições. Mudamos os planos, cancelamos hotéis e estamos aqui de novo no quarto do hotel em La Paz, entre comprimidos, saquinhos de água purificada e biscoitos cream cracker.

Amanhã nova tentativa de pegar o ônibus para o Lago Titicaca. Acho que vai dar!

Imprevistos acontecem…

Por mais que a gente tente planejar a viagem para que tudo corra bem, às vezes acontecem essas coisas. Ainda bem que não é nada grave e que vamos perder apenas o valor de umas diárias de hotel. Médico e remédio o seguro reembolsa. Ficar doente na viagem faz parte!

Imprevistos fazem parte das viagens e da vida… viajar não é só visitar lugares lindos, provar comidas diferentes, tirar fotos lindas e levar souvenirs. Às vezes a gente leva uma bactéria ou uma cicatriz de recordação. Ainda assim vale a pena!  :)

Tem mais dicas para quem ficou doente na viagem? Deixe nos comentários!


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