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Andar de bicicleta no Rio de Janeiro

A nossa primeira viagem de 2016 foi pro Rio de Janeiro, e a gente vai contar tudo pra vocês sobre a experiência de andar de bicicleta no Rio! Nós aqui do blog adoramos andar de bicicleta e tentamos dar um rolê em todas as cidades que tem uma estrutura mínima pra isso!

Vamos falar um pouco do sistema de aluguel de bicicletas Bike Rio (e porque não gostamos dele!) e das ciclovias super legais da cidade. Comece dando play no vídeo que mostra o passeio ali em cima, pra se animar!

Bike Rio

Como vocês viram no vídeo, lá no Rio existe o esquema da Bike Rio, que são aquelas estações de bicicletas laranjas do banco Itaú. Para acessar o Bike Rio você tem que baixar o aplicativo no seu celular.

O aplicativo é gratuito pra baixar, mas para usar as bicicletas você tem que comprar um passe diário (5 reais) ou mensal (10 reais) pelo cartão de crédito. Com esse passe você pode pegar bicicletas por uma hora, sempre devolvendo na estação antes de completar a hora. Depois de devolvida, pode pegar novamente depois de 15 minutos de espera, por mais uma hora e assim eternamente.

Mas se preparem para a complicação…

Eu sei que parece simples, e deveria ser, mas a verdade é que o sistema Bike Rio não funciona muito bem. Isso tornou o nosso passeio mais difícil do que a gente gostaria. Ao chegar na estação de bicicletas, você tem que abrir o aplicativo (e orar pro 3G funcionar, rs). Daí você coloca no aplicativo o número daquela estação e o número da bicicleta que quer retirar. Parece super simples, né?

Mas não é. Os problemas são muitos: primeiro, a cidade não tem estações suficientes pra demanda de moradores e turistas que querem pegar uma bicicleta. Ou seja, a gente andou de estação em estação e não tinha nenhuma bicicleta disponível. O sistema do aplicativo até te diz se tem bicicleta nas estações próximas, mas aí vamos para o segundo problema…

A manutenção das bicicletas não é lá das melhores. Por isso, várias vezes chegamos em estações que tinham várias bicicletas disponíveis mas elas estavam completamente detonadas. Detonadas mesmo: sem pneus ou com eles completamente furados, com as correias arrebentadas, sem banco… A gente ficou bem frustrada depois de passar por 6 (isso mesmo, seis!) estações e não conseguir nenhuma bicicleta!

Estávamos quase desistindo quando achamos finalmente uma estação com duas bicicletas em bom estado e disponíveis. Destravamos as bikes e fomos passear pelo Rio!

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Fabia feliz depois de finalmente conseguir sua bicicleta!

Andando de bicicleta no Rio: ciclovias e ciclofaixas

Era domingo e começamos o passeio pelo Aterro do Flamengo, que fica fechado para carros todos os domingos e feriados, das 07h00 às 18h00. Várias pistas ficam livres pra ciclistas, skatistas, patinadores, crianças brincando felizes… É bem legal.

A malha de ciclovias e ciclofaixas do Rio de Janeiro, pelo menos na orla que vai do Flamengo até o fim de Ipanema, é muito boa. Em uma hora fomos da Lapa até Copacabana,  deliciando os olhares com a cidade maravilhosa. As ciclovias estão em bom estado, são bem sinalizadas e boas. Foi tranquilo conviver com outros ciclistas e pedestres.

Uma experiência muito interessante foi passar dentro do túnel, que também tem uma faixa exclusiva pra bicicleta! Estávamos quase no fim da nossa hora e por isso precisávamos devolver as bicicletas – lembra que eu expliquei lá em cima?

Então, se você não devolver a bicicleta em uma hora antes de pegar outra o sistema cobra 5 reais por hora excedida, direto do seu cartão de crédito! A gente passou por duas estações que estavam quebradas!!! Isso mesmo, elas estavam com todas as bikes lá, sem nenhum espaço livre, porque estavam “em manutenção”.

Ou seja, não conseguimos devolver as bicicletas a tempo e fomos cobradas pelo excedente. Ficamos bem chateadas, porque a gente queria devolver e foi impossível!

Outra coisa a ser dita é que existe a opção de destravar as bikes por telefone, ligando para um número que fica disponível nas estações, mas este também dá problema. Tentamos ligar e deu mensagem de erro. Vimos outras pessoas tentando também e tendo problemas. :(

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As estrangeiras Fabia e Gabi testam a ciclovia do Rio de Janeiro, com esse visual maravilhoso de fundo.

Em outro dia pegamos as bikes para ir até o Museu do Amanhã, passando pelo centro do Rio. Ali não foi fácil pedalar. Não tem muitas ciclovias no centro do Rio de Janeiro. Muitas das ruas são de paralelepípedos e estão em condições ruins. E um agravante: os motoristas do Rio são malucos. Não param no farol, andam a milhão. Tivemos muito medo. Como era o feriado do réveillon, fomos indo pelas calçadas devagar (apesar de saber que isso é errado), mas não queríamos morrer logo nos primeiros dias do ano.

No metrô é permitido entrar com bicicleta depois das 21h nos dias de semana. Aos sábados, domingos e feriados as bikes são permitidas o dia todo, sempre no último vagão. Existem bicicletários pequenos dentro das estações também para que você possa deixar a magrela.

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Bicicletário da estação Glória, do metrô do Rio de Janeiro

O passeio de bicicleta no Rio é lindo e imperdível. A orla é maravilhosa e a sensação de pedalar tão pertinho do mar é maravilhosa. Mas a gente não aconselha o uso do Bike Rio. É um sistema que tem tudo pra dar certo, poderia ser acessível e uma alternativa barata, mas ainda não funciona bem. Se eles aumentarem a quantidade de estações e prestarem mais atenção na manutenção das bikes vai ficar melhor.

Se você tiver algum amigo no Rio que tenha bike pra emprestar ou tem a possibilidade de alugar por um dia todo numa empresa, faça isso. Sai mais caro na teoria, mas imagina ser cobrado por toda hora excedente quando você simplesmente não consegue devolver a bicicleta porque todas as estações estão quebradas?

No mais, o Rio de Janeiro continua lindo e dar um passeio de bicicleta por essa cidade encantadora é um ótimo jeito de renovar as energias, e pra gente, foi uma maneira legal de começar o ano novo!

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