O que fazer em Luang Prabang, no Laos
Durante minha viagem de dois meses pela Ásia, visitei Luang Prabang no Laos e fiquei encantada com a pequena cidade que abriga muitos monges e uma natureza selvagem e belíssima.
Fiquei surpresa durante o voo. O avião avançava e era muito tempo sobrevoando apenas verde. Nem sinal de cidades. O Laos fica na Indochina e faz fronteira com a China, Camboja, Vietnã, Tailândia e Myanmar. A língua falada lá é o Laociano e a moeda é o Kip. A capital do Laos é a cidade de Vientiane.
O budismo é a religião principal do país e é um dos pontos mais fortes de sua cultura. Não atua apenas no campo da religiosidade, mas influencia também a arte, literatura, teatro e música do Laos. Muitos dos pontos turísticos do país tem relação direta com a cultura budista.
Além da capital Vientiane, também são cidades turísticas do Laos: Luang Prabang, Savannakhet e Pakxe.
Como chegar a Luang Prabang – voos e visto
Não existem vôos diretos do Brasil para o Laos. Mas como normalmente o Laos é um destino que as pessoas vão junto com outros países da Indochina, é muito mais fácil ir de algum país ali por perto. Eu cheguei por um voo da Tailândia. Empresas aéreas que voam para Luang Prabang: Bangkok Airways, Laos Airlines, Vietnam Airlines e Lao Central Airlines. Eu usei a Laos Airlines que foi excelente. Ótima comida, atendimento maravilhoso.
Nas pesquisas pré viagem li que viajar pela Indochina por estrada é bem complicado por causa das más condições. Demora muito para fazer trechos não muito longos. E também dependendo do lugar há dificuldades para cruzar as fronteiras. Por isso resolvi ir de avião.
Para entrar no Laos, brasileiros precisam de visto – mas não precisa pegar com antecedência, dá pra pagar direto no aeroporto de lá. É um procedimento bem simples, só precisa levar uma foto de passaporte e pagar os US$ 35,00. O visto permite a permanência por 30 dias.
O aeroporto de Luang Prabang é minúsculo. Você sai do avião, atravessa a pista andando e segue para a imigração fazer o processo do visto. Nenhuma vacina é exigida para entrar no Laos.
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Onde ficar em Luang Prabang
A cidade é muito pequena, então é muito fácil se locomover. A não ser que você fique mais afastado no meio do mato. Uma das coisas boas desses países baratinhos, é que dá para ficar em hotéis muito bons por preços excelentes! Ou se preferir lugares econômicos, vai gastar bem pouco. Selecionei alguns hotéis ótimos e bem localizados para sua hospedagem:
Luang Prabang River Lodge – O hotel com a nota mais alta do Booking em Luang Prabang, um incrível 9,8! Fica perto do mercado noturno, na frente para o rio e inclui café da manhã – $$
Villa Maly Boutique Hotel – quer luxo por um preço viável? Esse 4 estrelas é muito confortável e tem uma bela piscina. Nota no Booking 9.2 – $$$
DownTown Backpackers Hostel – se a prioridade é economizar, esse hostel é barato, bonitinho e bem localizado. Nota no Booking 8.5 – $
Villa Suan Maak – uma graça de hotel bem localizado e com um jardim fofo. Nota no Booking 8.5 – $$
Temperaturas em Luang Prabang
Visitei no inverno e durante o dia a temperatura era quente, mas assim que o sol baixava ia caindo e caindo. Saímos do hotel de bermuda e camiseta e quando o sol se foi quase morremos congelados. A temperatura foi de 27 para 7 graus! Então leve sempre um agasalho. No verão o termômetro passa dos 30 graus durante o dia e é a época de chuvas também.
Luang Prabang – O que fazer na cidade
A encantadora cidadezinha de 50 mil habitantes é patrimônio cultural da humanidade da UNESCO. Lar de dezenas de templos budistas, os monges circulam com seus mantos laranjas por toda parte. Como já foi uma colônia francesa, mistura arquitetura europeia e tradicionais casas de madeiras laocianas.
Luang Prabang é cortada pelos rios Nam Khan e Mekong. Nosso hotel estava próximo do primeiro, na margem oposta ao centro. Tínhamos que atravessar uma ponte de madeira muito legal, onde sempre havia um tráfego intenso de bicicletas e motos por uma pequena pista para veículos de duas rodas ao lado da pista para carros. Atravessar essa ponte era muito legal, à noite no escuro então…
Cruzamos a ponte pela primeira vez e assim que vimos bicicletas para alugar não tivemos dúvidas. Era assim que queríamos conhecer a cidade. O aluguel diário custou US$3 e tivemos que deixar US$10 de depósito. O engraçado é que o senhor anotou o número da nossa nota no recibo, colocou num envelope com nosso nome para devolver a mesma nota no dia seguinte.
Fomos para o centro fechar o passeio para o dia seguinte. Na rua Sisavangvong tem várias agências. Basta fazer uma rápida pesquisa para ver qual passeio tem mais a ver com você, valores e disponibilidade. Depois de definir tudo, pedalamos sem destino e passamos por um campinho com a galera jogando futebol e umas brincadeiras de parquinho, como acertar uma bexiga cheia de água para ganhar prêmios.
No caminho de volta vimos uma barraca de jogo do bicho! hehehe
Mercado noturno
Era meu aniversário e comemoramos comendo muito pela feira noturna (night market) da rua principal. Experimentamos tudo o que vimos pela frente, com destaque para esses bolinhos de coco abaixo que são o paraíso na Terra.
Muitas barraquinhas com grande variedade tipo buffet self service. Nosso jantar bem servido custou apenas US$ 4. Tinha vários espetinhos e peixes feito na churrasqueira e legumes. Mega saudável e gostoso. E depois mais docinhos de coco, amendoim, enroladinhos em folhas, milhares de coisas diferentes.
Na feirinha também tem muitas lembranças bacanas: artigos de prata por bom preço, gravuras, instrumentos musicais locais e muita coisa bonita. Comprei uma pulseira de prata de dragão maravilhosa, uma gravura e camisetas.
Alms Ceremony (Ronda das Almas)
No segundo dia acordamos às 4 da manhã para ver a Alms Ceremony (Ronda das Almas). Todas as manhãs em torno das 5h, os monges saem pelas ruas para receber alimento ofertado pelos moradores (e agora por turistas também). Normalmente arroz, frutas ou nozes que são colocadas em seus cestos.
Eles agradecem entoando uma oração. Essa é a única refeição do dia dos monges, que caminham descalços pelas ruas. É muito lindo presenciar. Mas triste ver alguns turistas sem noção que avançam em cima dos monges para tirar fotos, com seus flashs bem na cara deles, destruindo essa tradição.
Eu filmei, mas fiquei ajoelhada para atrás, um pouco afastada, tentando ser o mais invisível possível. Na primeira manhã fomos para a rua principal da cidade, mas ali tinha muitos destes turistas sem noção. Na manhã seguinte, fui para uma rua mais tranquila onde vi locais aguardando, já que eu estava de bike e era fácil rodar para achar um lugar melhor. Ali eu era a única turista.
Eu fui no inverno, e no horário da cerimônia ainda estava escuro e fazia bastante frio. Não sei como os monges aguentam andar descalços naquele frio, só com a túnica leve deles. No verão já é dia claro quando eles saem pelas ruas e faz calor.
Rio Mekong
Depois da cerimônia, ficamos pelo centro e começamos nossa caminhada beirando o rio e desvendando as casinhas e jardins mais charmosos. Que cidade linda! Simples, mas muito limpa e organizada. Um lugar com uma energia tão boa que você quer ficar ali para sempre.
Também muito segura. Nós deixávamos a bicicleta sozinha sem cadeado encostada num canto e ninguém mexia. Fizemos assim, pois vimos que as bicicletas não estavam presas. Cruzamos o rio por uma ponte de bambu e fomos caminhando pelas belas margens.
Cruzamos com monges ali que trocaram algumas palavras conosco. Eles não podem falar com mulheres, então não pudemos falar muito, mas um deles me perguntou se eu sabia o que estava escrito na minha camiseta (essa da foto acima). Ele me disse que era amor de mãe.
Quando estiver cansado, aproveite para sentar em algum lugar a beira do rio para comer ou beber algo ou apenas deixar o tempo passar enquanto aproveita o privilégio de estar num lugar tão especial.
Templos em Luang Prabang
Luang Prabang conta com diversos templos budistas. A gente vai caminhando pelas ruas e se encantando por eles. O mais importante é Palácio Real, ou Haw Kham. Atualmente ele é um museu. Quando fui, estava em reforma e não consegui visitar por dentro.
O Templo Real ou Haw Pha Bang está do lado do palácio real. Ele começo a ser construído em 1963 para abrigar a imagem mais sagrada de Buda da cidade e foi concluído apenas em 2006. A decoração em vidro e ouro é muito bonita.
Sugiro percorrer a cidade para presenciar cenas do cotidiano. Adorei observar os monges trabalhando nas instalações, fazendo reformas, lavando roupas, desenvolvendo a decoração de vitrais, tocando tambor.
Entrei num templo para acompanhar a cerimônia do início da noite. Os monges na frente, as mulheres no fundo da sala, todos de joelhos. Depois de vários cânticos, abriram uma discussão entre todos. As mulheres participavam também.
Sentada num canto ao fundo, fui imitando o que faziam. Lágrimas rolavam sem parar dos meus olhos. Eu havia ido para Ásia depois da morte do meu marido buscar uma razão para a vida e aquele momento foi muito especial.
Tour de bicicleta, caiaque e elefante
O terceiro dia foi o passeio survivor! Saímos em grupo de bicicleta em direção a um campo de elefantes. Pegamos uma estrada de terra e pedalamos bastante. Ai começaram os problemas típicos de quando se está num país sem muita infra estrutura turística, com pessoas não treinadas para fazer o trabalho.
O guia deixou o grupo separar. Ai o pneu da minha bike estourou. Ele não tinha um kit de reparos. Ele me passou sua bicicleta e ficou para trás para buscar ajuda. Mandou que a gente seguisse em frente sozinhos.
Nós fomos e perdemos a entrada do campo de elefantes e fomos pedalando pela estradinha por muitos e muitos quilômetros. Finalmente encontramos um campo de elefantes, mas não era o nosso. Depois de algumas ligações nos disseram que tínhamos passado o nosso há tempos. Voltamos tudo. Quando finalmente chegamos nosso grupo já tinha feito o passeio deles e nós estávamos super atrasados.
Montamos direto no elefante para dar uma volta e entrar no rio com ele. Para montar subimos numa plataforma.,pois eles são muito grandes e altos. Não tem onde segurar ou apoiar e fiquei bem tensa nos primeiros 5 minutos, especialmente porque o elefante sai e já vai descendo uma baita ladeira. Mas depois que acostumei curti demais.
Mas tem a parte triste e que nos deixou putos. Eles vendem esse passeio como se fosse uma área de cuidados de elefantes. Dizem que vamos ajudar a cuidar deles, dar banho e alimentar. Mas o que acontecia na real era os caras batendo nos elefantes com uma madeira com pregos na ponta quando eles não faziam o que se esperava, como abaixar na água ou jorrar água pela tromba.
E a gente gritava desesperado: não bate, está tudo bem, ele não precisa fazer nada disso! A gente não quer que nenhum bicho sofra para a gente se divertir. Fiquei na bad total e me senti enganada. E decidi não fazer mais passeios desse tipo, em nenhum destino.
Dali fomos almoçar e depois seguimos de carro para o rio, fazer o trecho de caiaque. Paisagem linda, os moradores locais pela margem lavando roupa, animais se banhando, homens trabalhando. Todo mundo cumprimentava a gente. Lindo mesmo.
Só que remamos e remamos até os ombros, braços e costas não aguentarem mais. Perguntamos quanto faltava e o guia disse que não estava nem na metade! Outro erro do tour. Eles exageraram na dose da brincadeira. Fomos seguindo em sofrimento, mas chegamos ao final.
Nos levaram de van para o centro e fomos direto para o prédio da Cruz Vermelha fazer uma massagem para aliviar. Aliás, fica a dica para essa mensagem delícia. O endereço da Cruz Vermelha é V4PQ+MF Luang Prabang (no mapa abaixo está marcado também). Apesar do cansaço foi um dia incrivelmente maravilhoso.
Morro Phousi
Do alto desse monte com cerca de 1o0 metros de altura temos uma belíssima vista da cidade, especialmente no pôr do sol. Tem que subir uma escadaria com 300 degraus e ao longo da subida estão diversos templos com imagens do Buda. A entrada custa 20.000 kips.
Cachoeira Kuang Si
Não tive tempo de visitar, mas as fotos dessas cascatas são de babar. A cor da água é incrível. Ela fica cerca de 30km da cidade e normalmente as pessoas vão de excursão até lá. A cachoeira está no Parque Tat Kuang Si que tem uma taxa de entrada de 20.000 kip.
Existem passarelas e pontes, além de uma trilha que leva até o topo da cachoeira. Na parte de baixo do parque fica um centro de reabilitação de ursos.
Ao redor de Luang Prabang há várias cavernas que podem ser visitadas também. Outra opção de passeio é visitar plantações de arroz. O país é muito bonito e foi um dos lugares mais especiais que já visitei. Quero voltar!
Mapa de Luang Prabang
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